O senador Paulo Paim (PT-RS), em pronunciamento nesta terça-feira (24), lamentou a situação do Rio Grande do Sul diante das fortes chuvas e enchentes. O parlamentar cobrou a construção imediata de diques nas áreas mais vulneráveis do estado, prometidos desde o ano passado.
Paim citou dados da Defesa Civil que apontam mais de 7 mil pessoas desalojadas e quatro mortes causadas pelas enchentes. Ele pediu união entre os governos federal, estadual e municipal para garantir socorro às vítimas e evitar novas tragédias. O senador também criticou visitas de autoridades a regiões alagadas sem ações concretas.
— Faço um apelo para o governo federal, estadual e municipal, para a união, com rapidez, em benefício da nossa gente tão sofrida. Temos que salvar vidas, o patrimônio das famílias, os animais, enfim... Eles conseguiram reconstruir, com a ajuda do governo federal, do governo estadual, e agora estão à mercê de perder tudo outra vez. Precisamos de um esforço conjunto para minimizar os impactos, apoiar as vítimas e restabelecer a normalidade. Que a solidariedade e a união prevaleçam neste momento tão difícil — disse.
O senador também abordou as desigualdades sociais no país. Segundo ele, há leis sancionadas que não são implementadas e programas sociais que enfrentam entraves por interesses contrários. Paim citou relatório da Oxfam e alertou para o crescimento da concentração de renda entre 2014 e 2024. Ele destacou que dados do Banco Mundial mostram que 45,8 milhões de brasileiros vivem na pobreza e 15 milhões estão em pobreza extrema.
— Segundo a Fundação Getúlio Vargas, em dois anos, seis milhões de pessoas saíram da pobreza extrema no Brasil, mas muitos ainda estão lá. O cenário é assustador. Mas estamos combatendo essa realidade, avançando cada vez mais, unindo todos em programas sociais. Entretanto, entendo eu que há muito o que ser feito. É importante sublinhar que o conceito de pobreza não se limita a questões econômicas, mas envolve saúde, moradia, alimentação, saneamento... educação, trabalho, segurança, entre outros. É necessário que os Poderes constituídos — Executivo, Legislativo e Judiciário — assumam cada vez mais as suas responsabilidades — afirmou.
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