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Lipedema afeta mulheres e desafia o diagnóstico precoce

O lipedema é um distúrbio crônico que provoca o acúmulo anormal e doloroso de gordura, especialmente nas pernas e, em alguns casos, nos braços. Ger...

03/07/2025 às 16h49
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Banco de imagens - Freepik
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O lipedema é uma doença crônica e progressiva que acomete majoritariamente mulheres, caracterizada pelo acúmulo anormal e doloroso de gordura, principalmente nos membros inferiores. Essa condição vai além de uma questão estética, comprometendo a circulação, causando dores constantes, hematomas frequentes e sensação de peso nas pernas, impactando a mobilidade, autoestima e saúde mental das pacientes.

Apresenta-se pela hiperplasia do tecido adiposo, com distribuição simétrica, geralmente localizada em quadris, coxas, joelhos e panturrilhas. Diferentemente da obesidade, o aumento do volume ocorre mesmo em pacientes com alimentação equilibrada e prática regular de atividade física, o que dificulta o diagnóstico.

Segundo a médica Ginecologista Dra. Marcella Dorte (CRM 208839), “o lipedema é uma doença subdiagnosticada. Muitas mulheres recebem a orientação para emagrecer quando, na realidade, enfrentam um quadro inflamatório crônico”.

Os sintomas mais frequentes incluem acúmulo desproporcional de gordura nos membros, dor ao toque ou no final do dia, facilidade em formar hematomas, sensação de peso nas pernas, resposta limitada à dieta e exercícios físicos, além de alterações emocionais associadas à insatisfação corporal.

O lipedema possui forte influência genética e hormonal, com início geralmente associado à puberdade, gravidez ou menopausa. O fator hereditário é relevante, pois muitas pacientes relatam histórico familiar de mulheres com “pernas grossas e doloridas”, porém sem diagnóstico formal.

Embora não haja cura atualmente, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem frear a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida da paciente. O diagnóstico é clínico, baseado na análise dos sintomas, histórico familiar e exame físico. Exames de imagem, como ultrassonografia e bioimpedância, podem ser utilizados para excluir outras condições, como o linfedema.

O tratamento deve ser multidisciplinar e pode incluir mudanças alimentares com foco anti-inflamatório. Conforme explica a Dra. Marcella Dorte, “cada caso é único. Algumas pacientes respondem bem às abordagens clínicas, enquanto outras necessitam de intervenção cirúrgica. O essencial é individualizar o cuidado”.

A conscientização sobre o lipedema é fundamental, pois muitas mulheres convivem com dor e desconforto durante anos, atribuindo os sintomas ao peso ou sedentarismo, sem reconhecer a doença. Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, melhor o prognóstico e menor o impacto funcional e emocional para a paciente.

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