
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o recurso da Defensoria Pública da União (DPU) para suspender o andamento da denúncia da trama golpista contra o empresário e blogueiro Paulo Figueiredo Filho.
Neto do ex-general João Batista Figueiredo, último presidente na ditadura militar, o empresário foi um dos denunciados pela PGR ao Supremo, não ofereceu resposta à acusação nem indicou advogado particular. Diante da situação, Moraes determinou que a DPU assuma a defesa.
Ele mora nos Estados Unidos e foi notificado da denúncia por edital. A medida ocorre quando a Justiça não consegue entrar em contato com a parte de um processo.
Em junho, Alexandre de Moraes declarou o blogueiro notificado sobre a denúncia ao entender que, apesar de não apresentar defesa, Paulo Figueiredo publicou diversos vídeos na internet com comentários sobre o ministro e disse que é perseguido por ele.
No entendimento da DPU, o processo deve ser suspenso, de acordo com as regras do Código de Processo Penal (CPP). Se a suspensão for rejeitada, o órgão defende que uma carta rogatória seja enviada pela diplomacia brasileira aos Estados Unidos para citar Figueiredo.
“Tendo em vista que o investigado foi citado por edital, não compareceu ao processo nem constituiu advogado para lhe defender, pugna-se pela reconsideração da decisão monocrática pelo colegiado para que o presente processo e o curso do prazo prescricional sejam suspensos”, defendeu a DPU.
Além das acusações de colaborar com a trama golpista na difusão de fake news sobre sistema eleitoral, Figueiredo é acusado de auxiliar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no tarifaço dos Estados Unidos contra as exportações brasileiras e o cancelamento de vistos de ministros do STF.
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