Prefeitura inicia primeiro projeto de desfavelamento de Dourados

Construção de 100 moradias populares através do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida, vai custar R$ 20 milhões em recursos federais e estaduais, com contrapartida da Prefeitura de Dourados que arcará com o aluguel social das famílias durante o período de construção

Projeto de desfavelamento de Dourados foi anunciado pelo Prefeito Marçal Filho e equipe nesta manhã- Crédito: A. Frota

A Prefeitura de Dourados lançou nesta terça-feira (13), na sede da Agência Municipal de Habitação de Interesse Social (Agehab) o primeiro projeto de desfavelamento do município. A iniciativa apresentada pelo prefeito Marçal Filho e pelo diretor-presidente da Agehab, Eder Felipe Souza Lima, vai beneficiar 100 famílias que residem em situação precária na Comunidade Santa Fé, localizada na Rua Alegrete, nas proximidades de Vila Mariana.

O programa, inédito na história de Dourados, consiste em construir as 100 moradias dignas na no próprio local onde as famílias residem atualmente de forma precária. “Estamos proporcionando cidadania e dignidade para essas pessoas que sempre foram esquecidas pelo poder público e já determinei à Agehab que não economize esforços para viabilizar outros projetos voltados ao desfavelamento e à inclusão social dessas famílias”, ressaltou Marçal Filho. “O mais importante nesse projeto é que as famílias não perderão o vínculo com o local onde moravam, onde construíram amigos, estão vendo os filhos crescer e vivem histórias”, enfatizou o prefeito.

A construção das 100 moradias populares será através do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida, e vai custar R$ 20 milhões em recursos federais e estaduais, com contrapartida da Prefeitura de Dourados que arcará com o aluguel social das famílias durante o período de construção. “O aluguel social será no valor de R$ 600 mensais por família e será pago enquanto as casas estiverem sendo construídas”, explica Eder Felipe Souza Lima. “A estimativa é que o município pague R$ 600 mil de aluguel social até a entrega das moradias”, completa.

O ponto alto do projeto é que toda localidade será urbanizada e receberá infraestrutura completa. “Não iremos simplesmente retirar as famílias das áreas ocupados e construir apenas uma moradia digna”, enfatiza Eder Felipe Souza Lima. “Vamos transformar a realidade local, com saneamento básico, asfalto, iluminação pública, calçadas, muro de arrimo para as moradias, enfim, o que era uma favela será transformado em um residencial com toda estrutura para garantir dignidade às famílias”, completa o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação.

O decreto do Ministério das Cidades para construção de casas através do Programa de Desfavelamento pelo FAR Impacto beneficiou 5 municípios de Mato Grosso do Sul e Dourados foi o único atendido com 100 moradias. O município de Água Clara recebeu 50 casas; a capital Campo Grande, também recebeu 50 unidades; a cidade de Inocência outras 50 e Ribas do Rio Pardo foi contemplada com 50 moradias.

Moradora agradece ao prefeito Marçal Filho por projeto inovador em Dourados – Crédito: A. Frota

Para Evanir Lopes de Souza, 53 anos, que reside Comunidade Santa Fé, com o esposo, a filha de 19 anos e os netos de 07 e 02 anos, a notícia representação uma grande transformação para a vida dela e da família. Ela cita que reside a mais de uma década no local em situação precária e com as modificações, acredita em um futuro melhor para os moradores do local.

“Hoje minha casa chove dentro, está quase caindo na minha cabeça e pra mim essa notícia do prefeito Marçal Filho veio na hora certa, isso vai ser muito bom para minha família e para todas. Saber que será um projeto modelo é uma vitória, pois após mais de 11 anos sofrendo em barraco de lona, de madeira, a palavra é dignidade com tudo isso que a ação vai trazer incluindo as melhorias no bairro”, pontuou.

Após o anúncio feito pelo prefeito Marçal Filho, o diretor da Agehab, Eder Felipe Souza Lima, destaca que os trâmites administrativos logo serão iniciados e após estas etapas, o prazo previsto para construção das casas é de 10 meses.

“Nos próximos dias vamos fazer o lançamento do edital de seleção da empresa que vai ser responsável por levar infraestrutura, após isso a empresa tem um prazo para apresentar para a caixa econômica e, depois da análise da instituição financeira, nós damos a ordem de serviço para início das obras das residências, que deve durar em média 10 meses”, citou.