Em pronunciamento nesta segunda-feira (16), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou operações realizadas por órgãos ambientais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em estados da Região Norte. Plínio afirmou ter recebido relatos de moradores de áreas rurais sobre supostos excessos cometidos durante fiscalizações, como ameaças, confisco de bens e destruição de moradias.
— Precisamos saber se essa operação é legal, porque você dar tapa em cara de pai de família, você apontar fuzil para mulher, você fazer despejos e dizer "o teu gado está confiscado. Você só tem direito a levar o pano de bunda" — afirmou.
Plínio acusou o ICMBio de atuar com excesso de autoridade e classificou como graves as denúncias de destruição de moradias e apreensão de bens em áreas federais. Ele cobrou resposta institucional e disse não confiar nos canais convencionais de comunicação com os órgãos ambientais.
— O ICMBio é um câncer terminal neste país. Entregam-se ao ICMBio o poder e a prerrogativa de tomar conta de todos os parques nacionais, de áreas de proteção ambiental. Eles entram em terras indígenas. Eles mapeiam, eles forjam audiência pública — declarou.
O senador também críticou à estrutura empregada nas operações ambientais. Segundo ele, enquanto faltam recursos para combater o narcotráfico, são utilizados helicópteros, aviões e veículos de grande porte em ações contra pequenos produtores.
— Há tantas coisas mais neste país que precisam ser investigadas e combatidas, e não afrontar pequenos agricultores que estão em terras da União — disse.
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