
O trabalho da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul) no fomento à ciência, à tecnologia e à inovação garantiu mais uma conquista para o Estado, e a valorização das mulheres na ciência, com a premiação de duas pesquisadoras e empreendedoras apoiadas pela instituição, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
Alinne Pereira de Castro, coordenadora da startup miRTEA, e Denise Silva, da startup Bruaca, conquistaram o primeiro e o segundo lugar, respectivamente, na categoria Ciência e Tecnologia da etapa estadual do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2025. Ambas receberam fomento do Governo do Estado por meio do Programa Centelha, desenvolvido pela Fundect e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).
“Cada conquista de nossas pesquisadoras reforça a importância do investimento em ciência que a Fundect realiza no Estado, ajudando a transformar ideias em resultados concretos para a sociedade. Testemunhar projetos que nasceram em programas como o Centelha alcançarem reconhecimento nacional só reforça que estamos no caminho certo, valorizando o protagonismo das mulheres e contribuindo para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul”, comemora Márcio de Araújo Pereira, diretor-presidente da Fundect.
Criado em 2004, o prêmio é uma das principais iniciativas do Sebrae voltadas ao empreendedorismo feminino, reconhecendo as trajetórias de mulheres de todo o País em diferentes categorias: Pequenos Negócios, Produtora Rural, Microempreendedora Individual (MEI), Negócios Internacionais e Ciência e Tecnologia. Em Mato Grosso do Sul, a cerimônia de reconhecimento reuniu as vencedoras estaduais que agora avançam para a fase regional.
As classificadas em cada região disputam uma vaga na etapa nacional, durante o Delas Summit 2025, previsto para os dias 30 e 31 de outubro, em Florianópolis (SC).


Saiba mais sobre os projetos apoiados pela Fundect:
miRTEA Diagnósticos
Primeiro lugar na categoria Ciência e Tecnologia, o projeto miRTEA Diagnósticos é coordenado pela professora doutora Alinne Pereira de Castro, docente do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UCDB. A empresa realiza pesquisas em biologia molecular e recebe apoio da Fundect por meio do Programa Centelha-MS. Em 2024, o projeto foi aprovado ainda na chamada PPSUS-MS 2024, também da Fundect, com o título “Uso de microRNA Salivar na Saúde: Desenvolvimento de Competências Para o Rastreio Precoce do Transtorno do Espectro Autista”.
A iniciativa pretende tornar acessível um exame de saliva capaz de identificar biomarcadores associados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), apoiando o diagnóstico clínico e reduzindo o tempo de espera e os custos para os pacientes. O protótipo do exame já apresenta resultados robustos, segundo a pesquisadora, mas segue em fase de validação. Para ela, a premiação mostra que a empresa está seguindo um caminho que será útil para a sociedade.
“Este reconhecimento do prêmio oferecido pelo Sebrae evidencia a relevância do apoio da Fundect ao empreendedorismo feminino e à inovação científica. Registro aqui meu sincero agradecimento a toda a equipe pelo suporte e parceria”, comemora Alinne Castro.
Bruaca: inovação social e valorização cultural
Segundo lugar na premiação estadual oferecida pelo Sebrae, o projeto Bruaca, liderado por Denise Silva, também tem origem em pesquisas acadêmicas e foi estruturado como negócio a partir do Programa Centelha II.
A iniciativa transforma conhecimentos tradicionais de comunidades indígenas, ribeirinhas e assentadas do Pantanal em produtos e experiências turísticas sustentáveis. O objetivo é conectar cultura e identidade, proporcionando oportunidade de geração de renda às comunidades.
Inspirada na mala de couro utilizada por peões pantaneiros - conhecida como “bruaca” -, a startup funciona como um hub de inovação comunitária que valoriza saberes ancestrais e promove inclusão social.
“A premiação do Sebrae Mulher de Negócios é uma validação importante para o trabalho que a gente vem fazendo. Nesse contexto, a Fundect é essencial, porque o nosso negócio surge no programa Centelha II. O suporte da fundação foi decisivo, tanto na questão dos recursos quanto nas orientações e formações que nos permitiram aprimorar o modelo de negócio”, afirma Denise.
Além do impacto coletivo, a pesquisadora ressalta a importância da Fundação em sua trajetória: “Eu fui bolsista da Fundect no mestrado e participei de vários projetos de pesquisa ao longo da minha formação. Esse investimento em ciência e tecnologia que a Fundect faz no Estado é essencial, tanto para a formação de pesquisadores como para o próprio avanço da inovação e da sustentabilidade”, completa.

Comunicação Fundect
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