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Setor financeiro: profissionais buscam diversificar atuação

Apesar de o setor financeiro ser conhecido por remunerações acima da média, essa não é a realidade de todos os profissionais, explica Luciano Bravo...

01/10/2025 às 12h11
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Imagem de Freepik
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No Brasil, 54% dos trabalhadores não conseguem chegar ao fim do mês com o salário integral na conta. O número diminuiu em relação a 2024, quando era de 62%, mas apenas dois em cada dez entrevistados afirmam possuir controle total sobre suas finanças. Os dados são da Pesquisa de Saúde Financeira e Bem-Estar do Trabalhador Brasileiro 2025, realizada pela SalaryFits, empresa da Serasa Experian.

Apesar de não haver pesquisas específicas sobre qual seria esse percentual entre profissionais do setor financeiro, a insatisfação salarial também pode afetar quem trabalha em corretoras, bancos, gestoras de investimentos, instituições de pagamentos e outras empresas do segmento. É o que afirma Luciano Bravo, mentor na Lumnis Educacional, plataforma focada na formação de profissionais para o mercado de crédito internacional.

"Embora o setor financeiro seja conhecido por oferecer remuneração acima da média de outras profissões, essa percepção não reflete a realidade de todos. Um dos fatores que explicam esse descompasso é a alta competitividade e pressão por resultados, que muitas vezes não são acompanhadas por benefícios proporcionais ou estabilidade financeira", explica Bravo.

Além disso, o custo de vida elevado em grandes centros urbanos, onde a maioria das vagas do setor está concentrada, pode consumir boa parte dos salários, observa o executivo. "Outro ponto é a desigualdade salarial dentro do setor: enquanto alguns cargos de liderança recebem remunerações expressivas, profissionais em posições intermediárias ou de entrada frequentemente enfrentam dificuldades para equilibrar as finanças pessoais", destaca Bravo.

Ele menciona que quem trabalha no setor financeiro também está vulnerável às consequências psicológicas que afetam trabalhadores de outras áreas da economia. A pesquisa da SalaryFits, por exemplo, indicou que 66% dos profissionais que enfrentam instabilidade financeira relatam aumento do estresse, ao passo que 43% mencionam irritabilidade e 39% sofrem com insônia.

"Profissionais que lidam com essas dificuldades podem ter sua produtividade reduzida, já que a preocupação constante com as finanças pessoais desvia o foco e prejudica a tomada de decisões. O desgaste emocional pode levar ao esgotamento, afetando a capacidade de inovar, colaborar e manter um desempenho consistente em um ambiente de alta pressão, como o setor financeiro", analisa Bravo.

Na avaliação do mentor da Lumnis Educacional, mesmo aqueles que trabalham diretamente com gestão de recursos e análise financeira enfrentam dificuldades para aplicar esses conhecimentos em suas próprias vidas.

Ele acredita que isso evidencia falhas no modelo atual de formação, que prioriza aspectos técnicos e teóricos, mas negligencia habilidades práticas e comportamentais, como gestão financeira pessoal e inteligência emocional. A cultura de trabalho no setor, que valoriza resultados imediatos e alta performance, pode deixar pouco espaço para o desenvolvimento de competências voltadas para o equilíbrio financeiro e bem-estar, complementa.

Diante dessa realidade, há profissionais que têm se aproveitado das mudanças no mercado e a crescente digitalização para buscar diversificação ou reposicionamento de carreira no setor financeiro, aponta Bravo.

"Entre as opções, estão áreas como fintechs, que oferecem soluções tecnológicas para serviços financeiros, e a atuação como consultores financeiros independentes. Além disso, a formação de agentes de crédito internacional é uma alternativa. Essa área permite que profissionais atuem conectando empresas brasileiras a fontes de crédito internacionais, ampliando suas possibilidades de atuação e oferecendo uma carreira com alta demanda e potencial de crescimento", exemplifica o mentor.

Crédito internacional pode ser oportunidade

Percebendo a lacuna no mercado e o desejo de profissionais de atuarem com crédito internacional, a Lumnis Educacional decidiu lançar uma formação específica para o nicho. Bravo diz que os agentes precisam ter um profundo conhecimento técnico em áreas como análise de crédito, compliance, regulação internacional e negociação. Também devem estar familiarizados com as normas regulatórias de ambos os mercados (local e internacional), entender os requisitos legais e fiscais e ser capaz de identificar oportunidades em um ambiente globalizado.

"Há um grande espaço para a ampliação da atuação de agentes de crédito internacional no Brasil. Muitas empresas enfrentam dificuldades para acessar crédito no mercado interno devido a juros elevados, exigências de garantias e restrições impostas pelas instituições financeiras locais. Nesse contexto, o mercado internacional oferece uma alternativa viável, com condições mais competitivas e maior flexibilidade", diz Bravo.

"Ao trazer capital estrangeiro para o país, esses profissionais contribuem para o fortalecimento da economia brasileira, oferecendo às empresas uma oportunidade de reestruturar suas finanças, investir em crescimento e se tornar mais competitivas no mercado global", finaliza o especialista.

Para saber mais, basta seguir a Lumnis Educacional no Instagram:
https://www.instagram.com/educacionallumnis/

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