Em entrevista ao programa Por Dentro do Legislativo, o deputado Lídio Lopes (Sem Partido) apresentou os avanços e desafios enfrentados pelas Frentes Parlamentares em Defesa da Assistência Social e da Criança e do Adolescente , ambas sob sua coordenação. Durante a conversa, o parlamentar destacou iniciativas para ampliar os serviços de assistência e fortalecer a rede socioassistencial em Mato Grosso do Sul.
Lopes enfatizou a importância da Assistência Social como uma política pública essencial, ressaltando os esforços para garantir que o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) chegue de forma eficiente às populações mais vulneráveis. “É essencial fortalecer o SUAS, assegurando que a assistência social atenda de maneira eficaz as necessidades da população mais carente”, afirmou. O deputado também mencionou o papel da Frente Parlamentar na divulgação das ações da Assistência Social, reconhecendo que muitos cidadãos ainda não compreendem com clareza a abrangência e os serviços oferecidos pela área. “É necessário esclarecer à população o que realmente constitui a Assistência Social, uma vez que muitos desconhecem os serviços disponíveis”, pontuou.
Sobre os desafios enfrentados, Lídio destacou que a implementação de políticas públicas de assistência ainda encontra entraves, especialmente relacionados ao financiamento e à valorização dos profissionais do setor.
No segundo bloco da entrevista, o deputado Lídio Lopes destacou a atuação da Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente, especialmente diante da proximidade dos 36 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para ele, apesar dos avanços promovidos pela legislação, ainda há desafios significativos na garantia dos direitos e da proteção integral a esse público. “O ECA representou um divisor de águas, mas precisamos continuar avançando para enfrentar as vulnerabilidades que ainda afetam nossas crianças e adolescentes”, pontuou.
O parlamentar também manifestou preocupação com os efeitos da violência doméstica, que, segundo ele, impactam diretamente o desenvolvimento emocional e social de crianças e jovens que convivem com esse tipo de realidade. Ele defendeu a criação de políticas públicas mais eficazes para amparar essas vítimas e ajudá-las a romper o ciclo de traumas.
Outro tema abordado foi o avanço da Rota Bioceânica e seus possíveis reflexos sociais. Lídio alertou para a necessidade de um olhar atento sobre as consequências desse novo corredor de desenvolvimento, especialmente no que se refere à exposição de crianças e adolescentes a contextos de risco. “O progresso trazido pela Rota Bioceânica deve vir acompanhado de ações concretas de proteção social, para que esse desenvolvimento não gere novas formas de vulnerabilidade”, destacou.
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