Os portos da região Norte impulsionaram o crescimento na movimentação de cargas nos terminais públicos brasileiros. No mês de março, a movimentação portuária na região registrou um avanço de quase 7% em relação ao mesmo período do ano passado. O destaque foi o aumento nas cargas gerais, que ultrapassaram 200% de crescimento, especialmente impulsionado pela exportação de soja, com mais de 2 milhões de toneladas movimentadas.
Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o recorde não é fruto do acaso, mas sim de uma transformação em curso nos portos brasileiros. “Estamos falando de investimentos bilionários, voltados à modernização e ao futuro do setor portuário nacional. São obras estruturantes que aumentam a eficiência dos terminais, atraem novos negócios e tornam nossos portos cada vez mais competitivos no cenário global. É a maior carteira de investimentos da história do setor, e ela está abrindo caminho para um novo ciclo de crescimento sustentável da nossa economia”, afirmou.
Conforme o secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, o crescimento expressivo nas movimentações portuárias se deve, em grande parte, à participação cada vez mais relevante dos portos do Arco Norte no escoamento da safra agrícola. “Já vínhamos sinalizando essa tendência, principalmente no que se refere às cargas de granéis vegetais, e estamos vendo a concretização de uma transformação logística.
Até o fim desta década, os portos das regiões Norte e Nordeste devem responder por quase 50% do escoamento de granéis vegetais do país — um cenário condizente com o fato de que essas regiões já produzem quase metade da nossa safra”, destacou.
No Amapá, o desempenho portuário registrou um salto de 47,33% nas movimentações em março deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O principal impulsionador desse resultado foram os granéis sólidos, que representaram 51,34% do total movimentado. O porto de Santana foi o maior responsável pelo bom desempenho do estado.
Já no estado do Pará, o crescimento foi de 2,76%, impulsionado principalmente pelas cargas gerais, que registraram um expressivo aumento de 271,32%. Os portos de Santarém e Vila do Conde foram os protagonistas desse avanço. Santarém movimentou 1,7 milhão de toneladas, enquanto Vila do Conde somou 1,4 milhão de toneladas no período.
Os números refletem o fortalecimento da logística e da infraestrutura portuária na região Norte, que tem desempenhado um papel cada vez mais relevante no escoamento da produção agrícola brasileira, especialmente da safra de grãos. A tendência é que esses portos ganhem ainda mais protagonismo nos próximos anos, acompanhando o crescimento das exportações e o aumento da competitividade logística do país.
Investimento portuário
O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) confirmou, na última semana, o segundo bloco de leilões portuários de 2025, que totaliza R$ 1,03 bilhão em investimentos. O novo bloco contempla quatro terminais, incluindo o VCD29, localizado em Vila do Conde (PA), com previsão de leilão para julho deste ano, após a aprovação dos estudos e a deliberação e publicação do edital pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Segundo o ministro Silvio Costa Filho, a iniciativa visa ampliar a capacidade logística para o escoamento da produção agrícola nacional, além de fortalecer a infraestrutura de transporte, gerar emprego e renda, e proporcionar mais conforto a passageiros e turistas. A confirmação do próximo certame ocorreu após missão oficial à China e uma série de encontros com investidores europeus interessados na carteira de empreendimentos portuários e hidroviários do Brasil.
Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos
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