Uma brasileira está por trás da identidade visual de uma das campanhas mais relevantes da temporada inaugural do Golden State Valkyries, novo time da WNBA, liga feminina de basquete dos Estados Unidos. Diretora de arte da empresa de bem-estar OLLY, Juliana Arthuso assina toda a comunicação visual da parceria entre a marca e o time, com foco em saúde mental e bem-estar feminino.
Natural de Salvador, Juliana vive há dez anos em São Francisco, na Califórnia, onde estudou Design Gráfico, Experiência do Usuário e Interação Humano-Computador. “Participar de um projeto que leva o tema da saúde mental para um público tão diverso e apaixonado como o dos esportes é muito significativo”, afirma a designer. “Mais do que estética, a comunicação visual ajuda a traduzir valores e provocar conversas necessárias.”
A campanha inclui ativações no estádio, distribuição de brindes e ações digitais, como a Mental Health Awareness Night, que acontecerá no Chase Center no dia 25 de junho, com projeções e conteúdos exclusivos sobre saúde mental. Todas as peças — de banners e telas interativas a embalagens especiais — foram desenvolvidas sob direção criativa de Juliana.
Este não é o primeiro trabalho de impacto da brasileira. Em 2024, ela participou da campanha vencedora do Ragan CSR and Diversity Awards na categoria Advocacy, também voltada à saúde mental. Antes de ingressar na OLLY, Juliana atuou como gerente sênior de design na Thrive Market, empresa do setor de alimentos e sustentabilidade.
A parceria com o Valkyries marca a primeira vez que uma marca de suplementos se torna patrocinadora oficial de um time da WNBA. Mais do que visibilidade, a ação busca romper tabus em torno do cuidado emocional de atletas e torcedores.
Estudos recentes apontam que atletas universitários são mais propensos a enfrentar problemas de saúde mental do que colegas que não praticam esportes. Lesões físicas, a pressão por desempenho, o equilíbrio entre estudos e treinos, além do fim precoce das carreiras esportivas, contribuem para esse cenário. Segundo pesquisa do Laboratório de Psicologia da Reabilitação e Neuropsicologia da Universidade de Michigan, cerca de 30% desses atletas vivenciam algum tipo de transtorno emocional — mas apenas 10% procuram ajuda profissional.
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