O MPor Pelo Brasil desta edição desembarcou em Paranaguá, no litoral do Paraná, para conhecer de perto um gigante da exportação brasileira, o Porto de Paranaguá. Considerado o maior exportador de proteína animal do país, o porto desempenha um papel fundamental na economia nacional. Para se ter uma ideia de sua importância, cerca de 30% de tudo o que é exportado pelo Brasil passa por lá.
Na última semana, o primeiro leilão portuário de 2025 colocou em disputa três áreas estratégicas, atraindo olhares de investidores e autoridades. A iniciativa representa mais investimentos em infraestrutura, garantindo maior segurança para os trabalhadores e impulsionando a modernização das operações, que se tornam mais ágeis e eficientes.
Durante a visita, a equipe conheceu o local onde está sendo construída uma das obras mais aguardadas do setor, o Moegão. Mas, antes de tudo, é preciso entender o que significa esse nome curioso. Apesar da sonoridade inusitada, a estrutura tem uma função essencial no escoamento de grãos. A “moega” é um equipamento metálico, geralmente em formato de funil, utilizado para receber, armazenar e direcionar produtos como milho e soja.
O Moegão, como foi apelidado, será uma versão ampliada e mais eficiente desse sistema tradicional. Na prática, o projeto centraliza o recebimento de grãos e farelos em um único ponto, que, a partir daí, distribuirá a carga para todos os terminais e transportadoras ferroviárias. A mudança deve aumentar a eficiência das operações, especialmente no escoamento por trilhos. Com a nova estrutura, a capacidade de descarregamento passará de 550 para 900 vagões por dia, otimizando o fluxo logístico e reduzindo o tempo de operação.
Vítor Ken, diretor de Engenharia de Manutenção da Portos do Paraná, destaca que, além de aumentar a eficiência, o Moegão também contribuirá para a sustentabilidade. Isso porque o aumento da movimentação ferroviária reduz significativamente a emissão de gases poluentes no meio ambiente.
“Nosso objetivo com a obra do Moegão é equalizar o recebimento ferroviário com o rodoviário. Hoje, nos portos do Paraná, cerca de 80% da carga que recebemos chega por rodovia e apenas 20% por ferrovia. Com o Moegão, queremos equilibrar isso para 50% por rodovia e 50% por ferrovia, gerando muito mais eficiência para a operação e também reduzindo os custos de toda a cadeia logística”, afirmou. Ele também lembrou da importância da obra para diminuir os conflitos entre o sistema ferroviário e o trânsito rodoviário na região portuária.
Segundo o diretor, a obra já está com mais de 40% concluída, e a previsão é que tudo fique pronto até dezembro deste ano. “Todos os esforços estão concentrados na execução da moega ferroviária e dos transportadores dos eixos Norte e Sul, com as galerias metálicas, para que tudo esteja completo até o final do ano”, completou.
No início do ano, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, visitou as obras e se disse impressionado com a dimensão do projeto e sua relevância para a movimentação de cargas no Porto de Paranaguá. “Esse é o objetivo do Governo Federal: investir em nossos portos e aeroportos para movimentar a economia, gerando mais empregos e renda para a população”, afirmou o ministro.
Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos
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